A transição energética é um processo que envolve a mudança na forma como geramos, distribuímos e consumimos energia. Essa transição visa principalmente reduzir nossa dependência dos combustíveis fósseis, como o petróleo, carvão e gás natural, e adotar fontes renováveis, como solar, eólica, biomassa e hidrelétrica.
Além disso, a transição energética busca aumentar a eficiência energética em todos os setores, desde transporte e indústria até edifícios e agricultura. Essa mudança não só é crucial para mitigar os impactos das mudanças climáticas, mas também para promover a segurança energética, diversificar a economia e criar empregos na indústria de energia limpa.
As gritantes mudanças climáticas mostram uma urgência global na transição energética. Com as crescentes tragédias ambientais, como por exemplo a que vimos acontecer no Rio Grande do Sul no mês de maio de 2024, há uma pressa e destaque para pauta do reconhecimento da necessidade de reduzir as emissões de carbono e investir cada vez mais na geração de limpa, através de fontes renováveis.
A inovação tecnológica desempenha um papel importante, mas para além disso as políticas públicas e acordos internacionais também se tornam fundamentais para esse processo de amenizar os impactos das mudanças climáticas e viabilizar a transição energética.
Quais são os impactos das mudanças climáticas no mundo?
As mudanças climáticas já estão acontecendo de forma acelerada em diferentes regiões do mundo, incluindo aumento das temperaturas por conta do aquecimento global que ocorre quando se tem muita emissão de gases do efeito estufa como o carbono (CO2) na atmosfera.
Além de eventos extremos como furacões, chuvas intensas e secas que causam desastres generalizados e graves, as mudanças climáticas refletem diretamente nos ecossistemas, na economia e nas vidas das comunidades.
A saúde humana global também é afetada, com o aumento de doenças relacionadas ao calor e disseminação de doenças transmitidas por insetos, micro-organismos ou outros seres vivos. Da mesma forma os ecossistemas vulneráveis enfrentam extinções em massa, migrações de espécies e perda de habitat natural.
Políticas para o combate às mudanças climáticas
Políticas e acordos internacionais são de suma importância na luta contra as mudanças climáticas. O famoso acordo de Paris (2015) é um marco, pois ele estabelece metas globais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e aumentar a resiliência às mudanças climáticas. O acordo é baseado em metas de redução de emissões definidas individualmente por cada país. Por outro lado, o acordo também inclui compromissos financeiros para ajudar os países em desenvolvimento a viabilizarem as suas metas pré-estabelecidas no acordo.
Com o mesmo proposito, vários países estão promovendo políticas internas como a Alemanha, que implementou o Energiewende, que tem como principal incentivo a participação de cidadãos e comunidades a produzirem energia renovável de forma descentralizadas e a Noruega, que através de políticas de estímulo fiscal e investimentos em tecnologia, já começou com pequenas ações a viabilizar a transição energética no país.
Nacionalmente, também temos diversas iniciativas que incentivam a transição energética, confira algumas delas:
• Programa de Incentivo às Energias Renováveis: Um programa de incentivo financeiro e regulatório para o desenvolvimento de fontes de energia renovável, como solar, eólica, biomassa e pequenas hidrelétricas. Isso inclui leilões de energia, linhas de financiamento específicas e políticas de incentivo fiscal.
• RenovaBio: Programa que visa incentivar a produção e o uso de biocombustíveis, como etanol e biodiesel, como alternativa aos combustíveis fósseis. O programa estabelece metas de descarbonização para distribuidores de combustíveis, que são incentivados a comercializar biocombustíveis por meio de créditos de descarbonização (CBIOs).
• Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD): Programa que incentiva a geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis em pequena escala, como painéis solares e pequenas turbinas eólicas, instaladas em residências, empresas e propriedades rurais. Inclui políticas de incentivo financeiro, simplificação de processos de conexão à rede e regulamentação específica.
• Plano Nacional de Energia 2050: O governo brasileiro desenvolveu este plano para estabelecer diretrizes e metas de longo prazo para o setor energético, incluindo a expansão das energias renováveis, aumento da eficiência energética, diversificação da matriz energética e redução das emissões de gases de efeito estufa.
• Programa de Eficiência Energética (PEE): O programa tem como objetivo promover o uso eficiente da energia em diversos setores da economia, incluindo indústria, transporte, edificações e serviços públicos. Inclui ações de conscientização, incentivos financeiros para investimentos em eficiência energética e regulamentações específicas para equipamentos e processos industriais.
Inovações tecnológicas que ajudam na transição energética
Atualmente o mercado tem diversas empresas que oferecem tecnologias e inovações que impulsionam a produção de energia limpa, como a Ecogen, que traz soluções diversas para geração de energia e utilidades de forma sustentável mas com o diferencial de investir, implementar e operar a solução por completo seguindo o modelo “One Stop Shop” (onde em um só lugar, você tem todas as necessidades para realizar a transição energética do seu negócio).
A geração de energia pela Biomassa é uma delas, essa solução reaproveita matéria orgânica, de origem animal ou vegetal para produção de energia elétrica e outras utilidades, como água quente e vapor para processos industriais.
A Biomassa é uma ótima opção, pois possibilita o reaproveitamento de resíduos que antes seriam descartados, como o bagaço de cana de açúcar, casca de arroz e serragem.
Da mesma forma o Biogás usa resíduos orgânicos através da decomposição para geração de energia e demais utilidades. Evitando que esses resíduos sejam descartados no meio ambiente e, consequentemente, contribuindo para redução da emissão de gases do efeito estufa.
Além disso a análise de dados e a inteligência artificial são grandes aliados para otimizar o uso de energia e identificar oportunidades de eficiência, temos como exemplo dessa tecnologia o Ecogen 360°, que utiliza inteligência de dados em tempo real do funcionamento da planta para que sejam transformados em informações precisas para a tomada de decisões, ajudando diretamente em uma maior eficiência e segurança energética, reduzindo custos operacionais e promovendo a descarbonização.